Dos meus sonhos o urdume redoirado
Por meu sangue passei.
Nesse sumptuoso e fúnebre brocado
Meu ser amortalhei.
E que resta dos faustos no moimento?
Tudo os dias consomem.
Nem um eco sequer do teu lamento,
Pobre coração de homem.
Alberto Osório de Castro (Coimbra, 1/3/1868 – Lisboa, 1/1/1946), escritor e poeta, ligado à revista Boémia Nova, amigo de Camilo Pessanha e colega universitário, em Coimbra, onde também eram estudantes: António Nobre e Eugénio de Castro; juiz.
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