” Antes de tudo, não falar. O poema tem todas as palavras necessárias para que não seja preciso dizer mais nada a partir dele.
Depois, falar devagar.
Falar da sua construção. Procurar a origem do poema por dentro do que ele nos diz.
Falar com o poema.
Falar de cada palavra, de cada verso. (…) no que está para além do que é dito e se solta das próprias palavras.
(…)
Um poema, quando o é, diz tudo o que há para saber sobre si.”
In Relâmpago, n.º 6, Abril, 2000
Nuno Júdice (Mexilhoeira Grande, Algarve, 1949)
Escritor, poeta, ensaísta, colaborador em várias publicações, professor catedrático.
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