Afonso Duarte
Nasce no dia 1 de Janeiro de 1884 na aldeia da Ereira, freguesia de Verride, concelho de Montemor-o-Velho.
Poeta, professor, pedagogo e lavrador, licenciado em Ciências Físico-Naturais na Universidade de Coimbra.
Morre no dia 5 de Março de 1958 em Coimbra.
“Foi um grande poeta.” – Rodrigues Lapa
“Ah sim, um grande poeta.” – Paulo Quintela
“(…) Depois do almoço, Afonso Duarte aparecia na Baixa. Relanceava as montras das livrarias e entrava no café onde ficava até à noite. No nosso tempo era a “Central”. Íamos lá ouvi-lo e falar-lhe de projectos literários, de revistas, de livros, doutras coisas mais candentes, como política, por exemplo.(…)
À noite não saía, a não ser para um bom filme. Lia, escrevia, folheava as suas pastas de desenhos infantis abertas em cima da mesinha franciscana.
Na Ereira leva vida diferente. Como a terra se fez para criar árvores, frutos, flores, o poeta lança mão do sacho ou da tesoura de podar e trata das videiras, das rosas, do granzoal de bico. Uma espécie de Herculano a curto prazo (porque mal chega o frio regressa a Coimbra) num Vale de Lobos sem renúncia. (…)”
Carlos de Oliveira
“Tínhamo-nos acostumado à eternidade da tua presença” – Miguel Torga
Afonso Duarte na 1.ª pessoa
“No teu tempo hás-de ver os homens irem à Lua. Eles vão fazer isto e aquilo. No meu tempo já não será, será no teu, António.”
“ Eu posso lá morrer, terra florida!”
Obras
Em 1904 tinha concluído o seu primeiro livro de versos, Composições Verdes, que não foi publicado.
Cancioneiro das Pedras (1912)
Tragédia do Sol-Posto (1914)
Rapsódia do Sol-Nado (1916)
Ritual do Amor (1916)
Publica Barros de Coimbra (1919)
Os Sete Poemas Líricos (1929)
Desenhos Animistas de uma Criança de 7 Anos (1933)
O Ciclo do Natal na Literatura Oral Portuguesa (1936)
Ossadas (1947)
Um Esquema do Cancioneiro Popular Português (1948)
Post-Scriptum de um Combatente (1949)
Sibila (1950)
Canto da Babilónia (1952)
Canto de Morte e Amor (1952)
Obra Poética (1956)
Lápides e Outros Poemas (1960) –volume póstumo organizado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.
Participação em Revistas
Revista Rajada (1912) – funda com Nuno Simões.
Revista Triptico (1924) – publica com João Gaspar
Simões e Branquinho da Fonseca.
muito bom..