“Causa-me espanto ver até que ponto algo que é um atentado não só à nossa dignidade, à nossa identidade linguístico cultural, mas também à nossa soberania nacional, passar pelos vistos sem grandes protestos , querendo impor alterações à nossa forma de escrever que não são necessárias.”
In Tempo Livre, Jul/Ago 2010
Octávio dos Santos (Lisboa, 16/04/1965)
Jornalista, escritor, comentador, tradutor, musicólogo.
O problema são os que seguem de língua de fora todos os movimentos do poder. As Televisões, por exemplo, generalizaram o AO e as escolas e agora, qualquer participação nesses sectores, por exmeplo, terá de se submeter ao AO para ficar “a condizer”.
Infelizmente, sei do que falo…
Até aquele programa que era com o Diogo Infante e a Flor sobre a Língua Portuguesa… agora existe sem os dois, a dizer que a língua portuguesa se escreve “corretamente “assim.
Margarida, vai desculpar-me, mas cometeu uma injustiça! As Escolas foram OBRIGADAS a aplicar o AO, o Ministério IMPÔS que os livros fossem escritos de acordo com a nova Ortografia (e isto ainda na “era” Sócrates!). Devo dizer que os órgãos de Comunicação Social é que se ajoelharam perante esta imposição… que não os atingia! Creio que o jornal Público não se deixou intimidar! Julgo ser o ÚNICO. Que execrável AO, que detestáveis medidas, que ignorância tamanha… Seremos sempre “pequeninos”…
Se, por respeito à Língua Portuguesa, se lesse apenas os jornais que também a respeitam, os outros, que foram na onda do AO90, sentiriam nas vendas, o mal que ajudaram a difundir.