” (…) A primeira coisa que a mulher não aprende, e que devia aprender, é a pensar. Dominar o seu destino, julgá-lo, modificá-lo quando seja conveniente, eis uma faculdade que só podem ter as que raciocinam e as que sabem. (…)
O homem e a mulher completam-se um pelo outro; sem serem iguais, são idênticas as funções que têm de exercer para atingirem o fim do seu destino moral. (…) Juntos, são um organismo completo, harmónico, que funciona na ordem natural das coisas; separados, desengrenados, produzem em torno de si a confusão e a anarquia.
(…) A primeira coisa que eu desejaria é que a mulher se compenetrasse dos seus deveres para os cumprir religiosamente, e dos seus direitos para os fazer rigorosamente respeitar. (…)”
CARVALHO, Maria Amália Vaz, Cartas a Luísa
Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa, 2/2/1847 – Lisboa, 24/3/1921)
Poetisa, contista, ensaísta, crítica literária, biografista, colaboradora em várias publicações, foi a primeira mulher a ingressar na Academia das Ciências de Lisboa, criou na sua casa o primeiro salão de literatura de Lisboa, frequentado por: Camilo, Eça, Ramalho e Junqueiro, entre outros, esposa do poeta Gonçalves Crespo, com quem escreveu: Contos para os Nossos Filhos.